No último dia 20 de julho aconteceu o Campeonato Brasileiro sub-15 de Luta olímpica na cidade de Curitiba, e para orgulho de nós sergipanos, dois atletas, o Matheus Freire e a Dayana Santos, alcançaram um fato exclusivo na história da luta olímpica sergipana: duas medalhas de ouro e 1 de prata, e com isso duas vagas garantidas para participar do Pan- americano que vai acontecer no mês de outubro no Panamá.
Mas é aí a grande saga dos desportistas sergipanos começa. Não basta só ter dedicação, disposição e horas e mais horas de treino pesado, quando grandes oportunidades chegam para nosso estado, como a chance desses adolescentes, falta sempre o principal: patrocínio.
Matheus e Dayana foram muito bem em todas as etapas do campeonato brasileiro, mas agora estão dependendo de apoio para arcar com os gastos das passagens, hospedagem e alimentação. Infelizmente essas despesas não são arcadas pela federação.
Como entusiasta do desporto devo colocar diversas questões para serem analisadas até chegarmos à uma conclusão. A alimentação de um atleta tem que ser balanceada, há também o uso de suplementos para melhoria física pós e pré-treinos, custo com centros de treinamentos, horas de treinos e contamos também com o custo das vestimentas.
Quando surge à oportunidade de uma seletiva inclui passagem e todos os aprestos que envolvem uma viagem nacional, quando vem uma classificação internacional as coisas complicam mais ainda: passaporte, passagem, câmbio de moedas, alimentação, sem contar as questões biológicas: se adaptar a um novo clima, a alimentação diversificada e muitas vezes o fuso horário.
É meus caros, não é fácil ser um atleta! Mas se coloque no lugar de um. Imagine percorrer por todo esse caminho e na hora mais aguardada na sua vida o que acontece? Não há ninguém para lhe ajudar a conquistar não só um título para você, mas a representação e a valorização do esporte do seu país, do seu estado e principalmente da sua cidade.
São dois adolescentes de 15 anos que optaram pela difícil vida de esportistas, de cuidarem do bem-estar deles, de ser orgulho para suas respectivas famílias.
Sabemos que existem outros caminhos de distração facilmente oferecida aos jovens. Quando trabalhei na então secretaria de estado do esporte e do lazer, aprendi com o professor e presidente do CREF-SE, Gilson Dória que existe o caminho das drogas e das ruas ofertadas abertamente e facilmente para os jovens, mas também há a oportunidade e as conquistas que o esporte propõe.
São dois caminhos opostos, uma é a solução para o outro, mas porque não o valorizamos? Porque não o incentivamos? Porque para os nossos atletas é tão difícil? Porque países desenvolvidos como Estados Unidos e Canadá investem tanto no seu desporto? Quantos atletas de base precisam desistir dos seus sonhos porque é uma vida “sem futuro”?
Enquanto nos questionamos aqui, o Matheus Freire e a Dayana Santos seguem sem patrocínio para representar o Brasil na competição que vai reunir todos os países da América.
Caso você tenha condições de ajudar esses dois grandes atletas sergipanos, entre em contato com o técnico deles, o professor Luciano Vieira, pelo telefone: 79 99152-0164.